À medida que um
povo evolui, preocupa-se mais e mais com as suas questões educacionais. O
problema é daqueles que afere o índice de civilização. Se encararmos a situação
atual do mundo, constataremos o baixo nível existente do desenvolvimento
intelectual. A ausência de escolas acentua-se por toda a parte, senão que com
mínimas exceções, em relação à massa total.
A uma baixa
intelectualidade corresponde, via de regra, uma baixa espiritualidade, pela
falta de refinamento e controle das emoções inferiores. As duas faculdades
devem andar paralelas e equilibradas, refazendo-se ora uma, ora outra, ou as
duas ao mesmo tempo, nas experiências periódicas das escolas planetárias
através dos milênios.
O desnível destas
duas faculdades faz com que presenciemos o caos em que vivemos, sob certo
aspecto, e explica porque medram na Terra cerca de oito mil seitas religiosas,
a maioria das quais a incutir no espírito humano, as mais grosseiras
concepções.
A educação
intelectual, ou seja, a instrução obriga a trabalhar o raciocínio dentro de
pontos de vista comuns, daí resultando uma automática codificação de corolário
que unem, por laços afins, os indivíduos.
As guerras são a
expressão mais nítida de uma cegueira que reflete mau estado espiritual, mas
que tem sua origem, suas raízes profundas, no baixo nível intelectual. O
indivíduo que não estuda, não lê, não medita, atrofia, por falta de estímulo e
de exercício, as faculdades inatas do poder intelectual.
Ensinar pelo dever
de ensinar, por obrigação profissional, pela necessidade de prover o sustento
próprio apenas, como meio de vida, é prática que não resolve,
satisfatoriamente, o grave problema educacional.