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Espiritismo,
deveria ser uma expressão acatada pelo que contém em matéria de grau
científico. Conhecer a vida do espírito, penetrando no âmago da questão, é
realmente uma ciência.
Acontece,
porém, que tem ele sido encarado sob um outro aspecto, que não é o que mais se
recomenda, quando a ação científica foi relegada a segundo plano, para ocorrer
a sua manifestação através da exploração mediúnica.
É
sabido que os espíritos obsessores são os que mais têm abusado do espiritismo
para a prática do mal. Por isso, e com razão, muitos têm aversão aos tratos com
os espíritos, pelo conhecimento que possuem das manifestações, das obsessões e
dos trabalhos das macumbas. Realmente, todo cuidado é pouco, em se tratando de
não se deixar envolver alguém por correntes que conduzem à desgraça.
Quando
o Racionalismo Cristão foi lançado, e durante os primeiros anos, teve
necessidade de valer‑se da mediunidade existente, para poder firmar na
Terra as bases da nova Doutrina. Nessa primeira fase, serviu‑se do título:
Espiritismo Racional e Científico Cristão.
Foram, então empregados os melhores meios para demonstrar‑se o lado científico do Espiritismo, o qual trata da vida espiritual do ser, pois todos são espíritos, embora revestidos de corpo físico.
Foram, então empregados os melhores meios para demonstrar‑se o lado científico do Espiritismo, o qual trata da vida espiritual do ser, pois todos são espíritos, embora revestidos de corpo físico.
Passo
a passo, foi o Astral Superior consolidando as suas correntes na Terra,
apurando a sensibilidade dos esteios em quem se firmou, foi expandindo as suas
redes de influência psíquica, com a abertura de novas Filiais e, por este meio,
dispõe, presentemente, de todo um organismo perfeitamente articulado e
solidamente implantado em terreno firme.
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Aos
poucos foi a Doutrina, num processo natural de evolução, alargando as suas
perspectivas, recodificando os seus princípios, atualizando as suas prédicas
pelo espontâneo desenvolvimento espiritual dos seus servidores terrenos até que
chegasse o momento de receber a oportuna designação, mais consentânea com a sua
verdadeira composição, de Racionalismo Cristão.
Conserva,
no entanto, a Doutrina, a base fundamental, estruturada, com a sua instalação,
pelos Mestres que a instituíram e que, permanentemente, dirigem, no Espaço
Superior, a sua ação na Terra.
Hoje,
avançando o Racionalismo Cristão, gloriosamente, no espaço e no tempo, conta
com o seu bem definido Código Doutrinário, pelo qual pautam o seu viver muitos
milhares de adeptos e afeiçoados, e distancia‑se, na sua rota evolutiva, das
normas esposadas por aqueles que não constroem os alicerces da vida com os
elementos da espiritualidade.
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Espiritismo
nem sempre quer dizer espiritualização, enquanto que a Doutrina Racionalista
Cristã cuida, exclusivamente, da evolução humana, com seguro apoio no
espiritualismo, por meio de ação prática, proveitosa e consciente.
Espiritualismo
é o movimento que conduz o ser ao Astral Superior, pelo aperfeiçoamento da sua
natureza espiritual, quando consegue reformar a sua diretriz na vida,
enquadrando‑se nos padrões de uma conduta sã, limpa, apurada, tolerante,
compreensiva e renunciante.
Muitos
há que são espiritualistas, sem terem podido filiar‑se ao Racionalismo Cristão,
por circunstâncias eventuais, mas seguem os seus preceitos de retidão e de
caráter, e se sobressaem no mundo, pelas suas atuações elevadas e criteriosas.
Reconhecendo
tal evidência, proclama o Racionalismo Cristão que não pretende que só os que
estão alistados em suas fileiras sejam espiritualistas, mas todos aqueles que
tiverem independência espiritual para aceitar os Princípios verdadeiramente
cristãos, à luz da Verdade, pondo‑os em prática.
Pelas
suas obras os conhecereis ‑ afirmou o grande Nazareno. Esta afirmativa tanto
serve para assinalar os espiritualistas, como os que o aparentam ser e não são.
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O
Espiritualismo é revelado muito mais por obras do que por palavras; e neste
caso, quando se diz obras diz‑se ação bem intencionada, procedimento modelar
nas horas difíceis, conduta superior no desempenho das responsabilidades.
O
Espiritismo Racional e Científico Cristão sempre se manteve dentro dessa linha
disciplinar, e se depois, na segunda etapa da sua evolução, e como Racionalismo
Cristão, reuniu mais amplo cabedal espiritualista, fornecido pelo Astral
Superior, após cerca de quarenta anos de ativa participação na vida espiritual
do planeta, foi para fazer uso desse patrimônio com o melhor aproveitamento, em
favor da coletividade.
Perante
o mundo, o Racionalismo Cristão ainda é uma força relativamente desconhecida,
porque a sua ação é silenciosa e desapercebida, mas, por trás dele, está todo o
poder do Astral Superior. Em marcha lenta e segura, vai estendendo os seus
benefícios, e muitos dos que os recebem, ignoram a sua origem.
Nada
se faz no Racionalismo Cristão com o fim de receber aplausos, homenagens,
agradecimentos; a ordem é de cumprir o dever e aprender a levar de vencida os
obstáculos da vida. Estudar a sua história é, por um lado, tomar conhecimento
das lutas e dificuldades que teve de enfrentar, e por outro, constatar a sua
progressiva projeção espiritualista, no cenário humano.
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A
tarefa desta Doutrina tem objetivos muito distantes, os quais serão alcançados
com o poder que lhe assiste, e, ainda, com base na firmeza dos seus dirigentes
terrenos que se submetem ao comando das Forças Superiores, a quem cabe
assegurar todo o êxito desse insuperado movimento cristão.
A
humanidade terá de espiritualizar‑se, porque a evolução é medida que se impõe.
Não adianta a reação contrária, uma vez que há de sempre prevalecer o Bem sobre
o mal, a Justiça sobre a injustiça, a Verdade sobre a falsidade, a Força sobre
a fraqueza. A Força é a mola do Universo; é Vida, Inteligência e Poder ‑ três
importantes atributos espirituais.
Espiritismo Racional e Científico Cristão
Por Luiz de Souza
Fonte:
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