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Entende se por moral, no
sentido amplo, a observância dos bons hábitos e costumes na vida humana de
relação, em que sobressaem as atitudes de decência, honestidade, pudor, justiça
e equidade.
Varia o
conceito da moral entre os povos, segundo a tradição, o temperamento, a étnica,
a posição geográfica e os fundamentos religiosos.
O que
constitui preceito moral para uns, nem sempre está de acordo com o entendimento
de outros, conforme aquela variação conceitual exposta. Como exemplo, vale
citar o caso da poligamia, da existência de haréns, do senso acerca do nudismo
e da mercantilização do casamento.
Os
países cristãos têm a sua moral baseada nos ensinamentos de Jesus, denominada
moral cristã.
Essa
moral é seguida pelo Racionalismo Cristão, em toda a linha, por reconhecer nela
que o respeito ao próximo, a igualdade de direitos e a ampla consagração
fraterna, são esteios que se aprofundam na firmeza da justiça emanante, e na
grandiosidade do amor espiritual.
A moral
cristã é o poderoso sustentáculo da constituição da família núcleo respeitável que representa a pedra
angular da espiritualização de um povo
pois ali é que germinam as ideias sadias, os conselhos construtivos, as
diretrizes da evolução.
Se o
sentido da moral cristã fosse melhor compreendido e cumprido, a humanidade
estaria desfrutando todas as dádivas espirituais cabíveis, e o mundo seria um
pouso refrigerante para as almas encarnadas.
Para
processar se a evolução dos seres, não seria preciso que a Terra oferecesse os
amargurantes meios que se constatam, pela precária aplicação da moral cristã
nos atos da vida. A evolução tem de efetuar se seja por bem ou por mal.
Infelizmente, a humanidade prefere que seja por mal.
A moral
cristã é a bandeira sob a qual devem perfilar se aqueles que realmente querem
evoluir pelo caminho do bem.
Os
estudiosos do Racionalismo Cristão têm a convicção de se haverem colocado sob
essa bandeira, e fraternalmente acenam para os seus semelhantes, transviados ou
não, para que se aproximem desse estandarte e assumam o compromisso de viver no
rigor das normas espiritualistas da moral cristã.
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Dizer
se alguém cristão e permanecer contrariamente aos preceitos instituídos por
Jesus, é proceder levianamente de maneira irresponsável, muito embora pretenda
parecer um cavalheiro de respeitável aspecto. A sua verdadeira expressão será
revelada no Plano Astral, onde não há meios de esconder se ou camuflar a
realidade dos fatos.
A moral
cristã está periclitante na coletividade humana, não obstante se vangloriarem
os representantes das oito mil e tantas seitas existentes, dos numerosos
asseclas que possuem, o que vem testemunhar a pouca ou nenhuma eficiência das
mesmas, no âmbito espiritual.
Passe
se uma vista de olhos pelos magnatas, pelos "tubarões" da economia
popular, pelos que enriquecem da noite para o dia, pelos açambarcadores, pelos
contrabandistas e especuladores de toda espécie, e veja se se não estão todos,
ou quase todos, filiados, direta ou indiretamente, a uma das numerosas seitas
ou religiões.
A tais
indivíduos não interessa saber da moral cristã que estorva os seus planos
inconfessáveis, a sua ânsia desenfreada de se aproveitarem da posição e da
oportunidade.
É a
falta de espiritualidade que domina o ambiente terreno, em que a grande maioria
dos fiéis por conveniência, e de cristãos pró-forma, se entrega, de corpo e
alma, à vida material desregrada, sem o menor respeito pela moral cristã.
Em
algumas seitas ainda se vigia a conduta do ser pastoreado, mas noutras a
liberdade é franca, ou as restrições são muito dilatadas. O resultado de tal
frouxidão é fornecido pela imprensa diária, ao serem revelados escabrosos
acontecimentos.
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Grande
é a responsabilidade daqueles que, ao se arvorarem em guias messiânicos,
consentem que os seus guiados menosprezem os ensinos do Nazareno e salpiquem de
lama os princípios da moral cristã.
É bem
certo que para andar firme dentro desses princípios, muita renúncia há que se
fazer, mas que importam as vantagens terrenas, se as espirituais são muito
maiores? A criatura nada perde com seus atos de renúncia, porque esta vida no
planeta é relativamente curta, enquanto que o patrimônio espiritual será
desfrutado num período eterno.
Logo,
vale a pena ser realista para compreender a verdade dos fatos e não se deixar
levar pelo papel de tolo, como a criança que chora por um brinquedo ou um
pedaço de doce, por não saber renunciar.
Uma das
condições de conseguir se progresso espiritual, é saber renunciar, é não ter
apego às coisas terrenas, pois assim é que se não cometerá o erro, a falta
grave de assaltar ou corroer os bens alheios, dolosamente, para multiplicar os
próprios.
A vida
feliz, pujante, limpa, farta, esclarecida, plena de regozijos e satisfações,
conseguida pelo esforço e elevação espiritual, é oferecida nos Planos
Superiores, para onde terão de ir aqueles que lealmente fizeram boa aplicação
dos Princípios da moral cristã.
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Jesus,
o grande Mestre não teria descido à Terra com tanto sacrifício e sofrimento, se
não fosse para regalar os bem intencionados e propensos à retidão do caráter,
com uma nova vida que merecesse ser disputada, com empenho, por meio da conduta
irrepreensível ministrada pelos seus ensinos. Deu a todos a chave para essa
conquista, que se encontra bem acondicionada no interior desses Princípios.
Não é
outra a missão do Racionalismo Cristão senão favorecer espiritualmente aqueles
que se sintam preparados para viver com dignidade, recusando riquezas materiais
que não lhes venham às mãos por meios honestos e legítimos; aqueles que estejam
dispostos a cerrar fileiras ao lado dos que defendem a instituição da família,
com todo o ardor, aqueles, enfim, que desejam tomar posição defensiva contra
todas as investidas perniciosas intentadas contra o patrimônio moral ou
material da coletividade.
A moral
cristã envolve tais dispositivos e alonga se em outros pormenores sempre
avivados na consciência dos justos.
Tenha
se em conta que o estabelecimento da moral cristã foi feito com o mais alto
critério e implantado pelo Mestre de todos os Mestres. A obra que o
Racionalismo Cristão faz hoje, seria desnecessária se não tivesse havido, desde
o início da era cristã, o descaso daqueles que tinham o dever de sustentá la.
Hoje,
após cerca de dois mil anos, as afirmativas racionalistas cristãs aí estão, ao
alcance de todos, reproduzindo o que ficou esquecido no correr dos séculos
passados, mas melhor apoiados, desta vez, os ensinos pelo Astral Superior, que
a si tomou o encargo de manter na Terra a organização Redentorista Cristã,
sediada no Rio de Janeiro, fonte inesgotável daqueles preciosos ensinamentos.
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Com
civismo, fraternalmente oferecendo as melhores contribuições espirituais aos
dirigentes das Nações e à administração de todos os países, faz o Racionalismo
Cristão, no âmbito internacional, trabalho silencioso e anônimo, como convém,
em benefício da coletividade. Os seus esforços culminam no desejo de ver
inculcados em todos os lares os princípios da moral cristã, na certeza de que,
uma vez obtido esse resultado, no todo ou em grande parte, estarão assegurados
os meios mais eficazes para se alcançar o alertamento dos seres para a vida
espiritual.
Moral
Cristã
Por
Luiz de Souza
Fonte: