O fato de conceber-se a guerra como uma solução humana para dirimir divergências fornece atestado vivo de mentalidade materialista e primária.
Nenhum indivíduo que esteja possuído da convicção de que a marcha da vida deve ser processada pelo caminho da espiritualidade, por um só instante, admite o massacre, a luta fraticida e a devastação dos lares como prática menos animalesca de atingir uma finalidade.
A necessidade de manter forças armadas, as quais visam a exterminar o ser humano, destruir, arrasar, esfacelar a sociedade, levando o povo à miséria e à desgraça, só é concebível, reconhecendo-se o estado sumamente precário das coletividades de onde saem os responsáveis por tais calamidades.
Se o cristianismo fosse adotado na sua forma verdadeira, as Nações se uniriam, num só bloco, coeso, para proclamar a desumanidade das guerras e a sua condenação pelos princípios humanos e espirituais.
As Nações que permanecessem armadas, teriam de ser consideradas como mal-intencionadas e agressoras, em potencial, e teriam de ficar sujeitas a sanções, e submetidas a um tratamento de severas restrições. A força manejada em favor de uma paz apoiada por correntes espiritualistas é invencível.
O que é uma guerra? - Por Luiz de Souza
Fonte: Livro A morte não interrompe a vida
Colaboração: Rute Helena Macário